Mãos atadas

Não sei o que exatamente acontece do lado de fora.
Existe um leque de possibilidades infinitas a se pensar.
Não sei tambem o que acontece aqui dentro. Só sei como é.

Existe um sentimento tão devastador como um tornado
arrastando tudo o que vê pela frente, inclusive minhas lágrimas.
Tenta-se dizer todos os dias que tudo está bem,
mesmo com essa cidade sobre ruinas dentro de nossos peitos...
Essa perfeita e sinuosa inquietude me retira do estado de paz.

Falo como se fosse ninguem que estivesse falando.
Não quero me projetar neste texto.
Mesmo reconhecendo isso ser impossivel. Eu sou alguém.
E é essa confusão identitária e incompletude
que chama meu nome nestas noites de julho.
Poderia começar descrevendo meu novo abrigo
e falando sobre ele, mas não é essa a questão central.
Mas por dentro sei bem como é.

Existe um sentimento tão devastador como um furacão,
arrancando pedaços que sobraram de esperança de uma paz plena.
Ser completo não tem muito a ver comigo. E essa busca por serenidade,
e enfim, um descanço para minhas torturas psicologicas,
é uma frade na verdadeira realidade desta minha vida.
Nem amor, nem amizades, nem prazeres. Nada. Pelo menos até agora.
Se alguem souber a resposta. Que se prontifque em respondê-la.
O que é real e pode ser definido?
Bem, parece que estou de mãos atadas.

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