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Carro da morte

O despedaçado e humano coração de Chan não admirava a violência com que acusava a constelação de Chickau por sua fraude poética. Ele era jogado para fora da sua cabeça quando o barulho das celas se arrastando cortava o silêncio ecoante do corredor. E como num estalo, regressava seu corpo e alma à realidade indesejada. Chan estava sem muitas opções: respirar as suas ideias repugnantes ou vigiar os guardas que vigiavam-no para cumprir o destino fatal de sua mortalidade, continuar aumentando o número de estrelas que iluminariam o céu escuro das noites do sul da Ásia.   Apesar de não ser religioso, Chan descansava seus cotovelos no joelho com as palmas das mãos encostadas, os dedos cruzados e unhas roídas, rogando a prece de uma apreensiva mudez. Quanta disciplina havia em dominar o silêncio, que deveria haver um Deus só para ele! Viviam, no mergulho do onírico silêncio, onde o futuro e o passado simultaneamente contornavam os arrependimentos. Ali, eles se encharcavam das ideias sobr

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