Qual língua é a tua?


Sobre mim e a língua não vejo uma ponte e sim um viaduto.  Embora não seja 50% bem sucedido, a minha tradição é fugir do tradicional, não olhar para trás - não abdico de minha prévia cognição, mas não aturo categorizações. Me interesso em personalidades fortes e boas argumentações. Embora todo mundo tenha um pouco de cada coisa, de jeito nenhum me vejo como vítima, sou mártir. Me contradigo: me odeio e me acho um máximo. Uso minha língua para dizer e fazer-me dito (frase, oração, ou período composto), para tocar outra língua, lamber cada palavra, massagear o palato,  esculpir o sentido, articular as articulações (aquelas),  sentir o salgar das lágrimas, e é claro, sem falta, para o sexo oral. Dane-se as definições. Estúpidas são elas, aquelas, julgamentais, já ditas. Não fazem parte da minha língua.

Comentários

Postagens mais visitadas