Herdeiros da Tradição

Ele caia de pára-quedas na mata. Ele flutuava pairando sobre o capim alto e desaparecia através de suas pontas verdes. Ele juntou-se ao silêncio da noite e separou-se do barulho dos grilos e vaga-lumes. Ele ainda estava vivo. Ele fez fumaça em território de Tarumbaçu. Ele dormia dentro de saco verde do lado da fogueira. Ele de longe era miúdo, assim como de perto. Ele branco e acomodado também. Ele brasileiro, provavelmente. Ele  de manhã me viu. Ele foi trazido por guerreiro Nuwamai e Çarumuiu. Ele perdido em território de nós, sim. Ele miúdo, comida teve. Ele feliz. Deuses felizes. Virtude nossa. Ele fica nossa terra sem saco verde. Ele dorme rede de  vime agora. Ele planta e come. Ele fez progênito em filha  minha, Geikiwaçu, também. Ele risca papiro com muitos riscos azuis. "Consegui Doutor Alfredo, estabeleci comunicação positiva; eles são uma comunidade isolada, sem escrita e sem aparelhos tecnológicos. Eles não tem língua, pois eles gemem uns para os outros. Uma vez que quase foram esquecidos no Acre... eles sabem agricultura, o que poderia ser meio de produção para exportação..." - De novo?  Tudo de novo? Por que tudo de novo? Porque não refletem. Por que não conseguem livrar-se de seu ego? Porque é mais trabalhoso, porque têm medo de tempestades e conflitos. É mais fácil ver as coisas a partir do seu próprio umbigo do que aceitar a diferença.

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