Mal do Século

      O que aconteceu nos últimos dias, culminou em uma post-traumatic stress disorder e acabei roendo todas pontas dos dedos. Lembrei de novo de tudo aquilo que tinha esquecido por muito tempo. O que de certa forma é incoerente, porque se tivesse realmente esquecido, não lembraria. Na verdade, é como se cada dia mentisse pra mim mesmo; é como se cada dia fosse uma batalha perdida que ninguém sabe. É como se todos apontassem suas armas e disparassem acreditando que eu sou o inimigo. "Sou meu maior inimigo" é o que repito dezenas de vezes antes de começar o dia desse mês maquiavélico. Sinto-me como se houvesse duas extremidades de uma corda, amarradas em cada um de meus braços, que puxam sem descanso de modo que despedacem-me pouco a pouco. Não tem nada a ver com amor, mas com algo maior. Afinal, devo ser overhuman para ainda sofrer efeitos colaterais de uma vida que já não é a minha. Hoje, cantei a musica que compus na época. Renato Russo tornou-se um mártir, no álbum DOIS. Se eu fosse outra pessoa não me suportaria, por tantas piegas e coisas idiotas que já escrevi. Mas minha curiosidade me motiva a querer saber até onde vai continuar agindo minha natureza romandiota e alencariana. Preciso apenas de um gran finale com um belo suicidio para restauração da minha pureza, e estará feita minha literatura.

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