Rafael del Siro: a Áura do Eu 2

       Dois anos depois em uma audiência para a publicação de um livro em Santa Barbara. Meu segundo tropeço ao vento na área da não normalidade ocorreu através do contato com uma das pessoas a qual a energia habitava. Dessa vez a luz possuía uma entonação mais amarelada, e faiscante, igual a fagulhas de eletricidade. No entanto, não flutuava sob a cabeça e os ombros da garotas, mas sim compelida  nas mãos da garota. Ao me aproximar, minha curiosidade, simplesmente, atravessou como um arpão meus neurônios, então, segurei suas mãos. Rapidamente, pude sentir no palato o gosto de maçãs e de alguma forma, a textura áspera de folhas e plantas.  
         Alguns anos seguintes, após pensar e repensar as estranhas situações vigentes de minha vida.Visitei com minha esposa estadunidense Linda Wellstrong, uma cerimônia de arte, na Florida. Inesperadamente, encontrei  Bianca, a garota da audiência de Santa Barbara, agora em seus plenos 24 anos. Descobri aquele dia que ela havia se tornado uma grande artista e que costumava pintar quadros e criar obras que envolviam as maçãs e outros vegetais. Ao longo dos anos, perguntei-me diversas vezes quem eram aquelas pessoas que haviam cruzado meu caminho e por quê eram diferente. Mas os caminhos de meu raciocínio levavam a respostas erradas, as quais não eram guiadas pela razão, mas sim sobre o que a cultura ocidental havia implantado em meu cérebro a respeito de religião, crenças, mitos e outras ideologias pagãs. A verdade é que  este enigma não será resolvido por mim, nem por ninguém, pois a vida é um prazo curto sobre o conhecer. E o caminho mais evidente, é certamente o mais duvidoso e o menos certeiro. Certeza, é necessária quando sob  medida. Enquanto o caminho do verdadeiro conhecimento, é serpeante. Um processo que começa lá fora, mas termina em sí.

(part2)

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