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     Estou em contato com minha natureza mais do que nunca. Afogado em um momento em que emoções atravessam o sangue pulsante e interagem com o batimento do meu coração. Persuadem meu cérebro a enxergar coisas que não existem através das janelas da alma. E até a dor se esvair, um quarto de mim, fisicamente, permanece saudável. A razão fora assassinada, deturpada e corrompida pelos filmes americanos e a literatura canonica: a típica cena de um filme sem direção; a típica narrativa de um homem em crise. Ao som de Nocturne Op.12, de Chopin, relaxo acompanhado de uma taça de vinho divagando em minha liberdade introspectiva. A cada gole, distancio-me mais do exterior, e a cada batida aproximo minha imagem às ideias insensatas do improvável. E agora, já dizia Renato tomado pela mesquinha comoção cultural, "quem disse não há Razão nas coisas feitas pelo coração.", contrariando a lei da impossibilidade. Não me  orgulhp por mim, nem vejo beleza nas coisas ditas, apenas admiração sobre o não-dito. Todos nós temos em cada um, apenas parte de sí. Lá fora, procuramos culpar o outro na tentativa de nos reencontrar. Nunca poderiamos ser nós mesmos, não é natural. Nem eu, nem mim mesmo.

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