Alienação do Sujeito

Estou coberto pelo nada.
Destituido de roupa, pele ou idéias.
Sou o eterno turista do mundo em que vivo.
Sem nome, raça, território ou língua...
Miserável pela ótica da escassez,
desnutrido de pensamentos e ideias.

Sou vivo! Sem fundamento.
ou a ausência da razão para a emoção de viver.
A única coisa que tive foi a possibilidade.
A possibilidade de ter alguem ou algo,
que no final, escapou em mim pela porta dos fundos:
escorregou por entre meus dedos deslizou pelo meu corpo e atravessou o ralo:
tornando-se parte:
do que me questiona;
aliena;
do que torna-me desumano em meu próprio mundo
- de mentiras e regras abstratas.

Não sinto-me alguem ocupante ou desocupante,
pertencente ou desapegado
- da terra, da água, do ar, ou fogo. - do espaço.
Sinto-me pertencente a minha insignificação,
e agarro-me a ela com unhas e dentes
pois é ela que agora me motiva.

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