Setas e sinais
Sem direção. Sintia minha alma vagar estranha em um caminho sombrio e voluptuoso. Onde as paredes eram da textura de troncos de rosas inacabáveis, contendo de quando em quando um espinho lá que outro - espinhos que cortavam toda vez que segurava-me evitando uma queda drástica. Dançando sobre pontos de interrogações e deixando pra tras cada pedaço de mim, lá dentro. Sintia o prazer indesejável da curiosidade do que poderia vir depois. No entanto, a dor da presença da ausência do sentimento sincero, no tempo presente, tinha um paladar amargo e angustiante. Era como se estivesse despido de esperanças e a única coisa a fazer fosse continuar vagando, sem destino, sem enredo, cego numa trajetória secreta, irreversível e intrinseca, em busca do elixir da vida, a razão da existência de qualquer ser humano. Ou seria tudo isso apenas destino?
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