Leftovers

      Mesmo que ninguém veja, meu espirito se despedaça e se rasga como pedaço de papel. Sinto-me encurralado em um beco sem saída, ou então, sufocado como se alguem pressionasse suas mãos contra meu pescoço. Quando tudo que tenho é nada, me entrego a morte, sem culpa por nada apostar, sem nada a perder. Minha vida se encontra retalhada em peque nos restos jogados pelo chão da sala depois de uma noite de cerveja dobrada. Ainda penso que isso acontece porque nunca te deixei ir. Porque nunca acreditei que pudesses me deixar. E tu me deixou. Sem olhos, sem pele, sem coração. Sem nem ao menos espirito.  E em algum lugar, um resquício de luz tenta reagir, dizendo incessantemente "eu te amo".


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