Sistema óbvio das ausências

       Sempre, nada se compara ao charme do invisível. Da selva anterior preenchida pelo mistério. Da estrada sem destino, da catarse do vazio, do dilúvio das ausências. O momento da espera de todas as coisas é um momento ímpar.  Algo que implica violentamente no nervosismo de nossos corpos frente ao amanhecer de um novo dia. Embevecendo-nos de motivos, razões inventadas, pensamentos insaciáveis, gramaticas incompletas. Pontuando fins a cada minuto, hora, dia, ano; a cada palavra e a cada espera de uma; a cada conversa e a cada espera de uma; a cada encontro e desencontro. Uma estante a espera de livros, o começo de um novo milênio e os ciclos viciosos se perdem em coisas mesmas de diferentes maneiras. De modo que a beleza não se canse, os motivos não se desgastem e as coisas, ainda assim, se omitam e não mudem.

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