Busca da verdade

      E quando o ano acabar, os olhos de quem o viveu perceberão. Tudo o que aconteceu perseguirá o seu ponto mais sensível, corroerá parte da sua esperança - a chama da inocência - pois é um fragmento de sua consciência que emergirá. Consciência de que ao fechar os olhos, você se esquece de continuar sentido, e o mundo ainda sim anda sem você. E é por esse sentimento de carência individual, exílio de sua existência, o encontro com a dialética da vida se faz verdadeira - positiva e negativamente de um ponto de vista egoísta - mas por conta disso sua humanidade crescerá. Não há sabedoria sem dor, pois a dor está no ato de pensar e por causa dele tentamos o "não-fechar dos olhos" - o que mais dói. Entretanto, a sabedoria é cumulativa, não perdemos quando reabrimos os mesmos olhos curiosos, e esse é o lado bom da vitae, da movimentação e perspectiva dos objetos do mundo exterior. Logo, toda a expectativa da verdade interior, de fato, superará  qualquer que seja a dor final: o último fechar dos olhos.


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