Divagação sobre a origem do universo
Não entendo quem não vê beleza no que é triste. Dizem que os suicidas possuem essa diferença anatômica no cérebro e pela morte são atraídos. O motivo básico para isso é a falta de uma limitação básica que o ser humano possui que é acreditar. Desde o inicio da vida, desde ao colocar o nome em tudo que vê e sente até os contos de fada, a páscoa ou a busca do amor verdadeiro. Talvez partilhe metade dessa insuficiência do suicida ou não tenha o suficiente do seu diagnostico para classificar-me como tal. No entanto, eu não seria tão juvenil ou irracional ao ponto de ignorar que a essência de toda ação humana prevalece ciclicamente desprovida de sentido. Um acumulo de comportamentos repetidos descentralizam a busca pelo motivo de estarmos acordados, ou não. A busca de uma civilidade é um jogo de poker: nunca saberemos se o universo está blefando e se isso tudo é em vão; mas seguimos em frente: acreditamos. Somos organismos, dust in the wind, o nada ao meio do nada. E mesmo assim, nossa mente edifica pilares de faz de conta. Mesmo com tantas pistas. Então, as vezes penso... mais uma fabula, um papai noel, apenas leva-me a acreditar que não existe razão por trás das cortinas do universo. Assim, sigo ecoando em meus dias de lua "Por quê?". Contudo nem as estrelas respondem ao silêncio.
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