Texto investigativo sobre a moda dos excluídos


       Era através das roupas que percebi: 

tudo mudava para que continuassem

 todos os mesmos

     

       A primeira impressão é a que fica, já diz o ditado. Quando você vê alguém vestido de acordo com o ator do filme de sucesso, você não associa a  pessoa com as características que aquele ator representa? Vejamos outro exemplo, a jaqueta preta lembra-me constantemente os motoqueiros fora da lei, a ideia de algo poderoso e imbatível.  Nos últimos tempos, surgiu essa onda do xadrez como uma linha admirada de se mostrar-se entre jovens e adultos-jovens. O algodão, o xadrez, as jeans.. é preciso se render a aparência das mudanças. O mundo transmite  ideias a todo segundo através de mídias: explicitas, implícitas ou subliminares. Ideias que são associadas com comportamentos e atitudes positivas e o oposto; as ideias que são deixadas de lado, por não serem atraentes o suficiente para serem "compradas", afinal, vivemos em um mundo de ideias capitalista. Uma pandemia ideológica sobre o "ser diferente" surgiu de alguns anos para cá.: um efeito colateral dos avanços da psicologia sobre o Outro assim como a conscientização sobre o individuo social.       
         Tudo bem até aí? Não. Mas e quem não tem dinheiro, torna-se o que? E aquele que não percebeu que deve vestir-se nos conformes para se encaixar num padrão ideológico estético aceitável? Seria um ato intelectual interpretar a aparência como ser diferente? Afinal, seria importante se importar com isso para ser diferente ou não seria uma forma de mostrar uma capa ideológica falsa ou no minimo imatura de um grupo social? Você já se  perguntou se realmente consegue lidar com o ser diferente? O que é isso então?

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