Livrando-me de você

          Ps: Aviso que este texto não tem o objetivo de agradar a ninguém, pelo contrario: o mais desagradável for, mais bem sucedido serei. Obrigado.

      Momento perfeito para escrever algo convincente. Afinal, será o único jeito de entreter os olhos e os ouvidos de alguém hoje, já que hoje o que me falta é aquele velho, verdadeiro, indiferente melhor amigo meu. Saudades do cara menos sociável da Terra.  Amizade de conversas filosóficas jogadas fora, noites adentro, cuspir a bile do dia a dia: o podre que habita nas entranhas de nossa mente. O tipo de amigo que não se importa caso você seja alguém na vida ou ninguém, sem  se importar se você é o ser mais imperfeito. Num mundo feito de coisas que se precisa dizer e redizer e se convencionar e utilizar o convencionado... ter um amigo desses é o mesmo que encontrar uma agulha no paleiro. Escrever, logo, torna-se minha nova estratégia de aproximação do amigo que já não converso nas noites vazias  substituídas por jogos de computador e pornografia online ( é basicamente isso que você leu: quem nunca acessou jogue a primeira tecla? Sim, tenho inclusive conta de usuário em 5 canais de pornôs. Adoro assistir, rever e criticar videos pornôs, sempre deixo comentários descritivos, principalmente quando o assunto é sexo oral. Digamos que seja meu hobby. Sou um joão-ninguém quando não estou no trabalho.. Ah.. não venha dizer que achou desnecessário. Pensei que você gostasse de mim. Sim. Esse sou eu também, quando não estou na sua frente explicando os paradigmas  da linguagem. E essas coisas boas que a vida nos proporciona, mas, como dizia algum de meus antepassados - pois deve ter vindo deles... ditados que falamos sem saber como chegaram em nossa sã consciência -"tem momento pra tudo".  Voltando ao meu amigo, saudades de choramingar meu discurso contra-cultural... imitar personagens, voar no pensamento e nas ínfimas probabilidades. Descompactar-me em discursos e detalhar-me para confundir-me, e me confundir para fazer-me entender: opiniões lógicas de cunho esquizofrênico (e skinhead, alguns julgariam, outros simplesmente não se importam, o que já me faz um pouco mais feliz.). Era um personagem, nada mais, nada menos, eu era alguém que não Eu, mas que fala em meu corpo, coisas que não teria culhões em praça pública (exceto se minha intenção fosse ser apedrejado em nome de Deus, do amor e da fada madrinha). Que se foda, que se exploda e que se desbrave o imoral e o que não é correto; Foda-se a diplomacia, a vergonha e o pudor; Que se vomite o primitivismo reprimido dos neandertais contemporâneos;Que matem, letargicamente, o amor, por  pelo menos 1 segundo; que exterminem a fé na prosperidade e na (in)volução coletiva por um segundo. Tanto faz como ela morra, pois paralelo ao conceito de Maquiavel sobre os fins justificarem os meios, seria muito otimismo conceder tamanha importância aos meios se qualquer evento é insignificante, e , ao final de tudo, irracional. Tanto faz como fé acabe morta. Se houver brutalidade ou for um simples estrangulamento; que as culturas adoeçam; e que o universo explique-se para tonar nossas vidas mais insignificantes e degeneradas, vazias; Que queimem em brasa a risada e o bom humor; Que se dane o "obrigado" e o "de nada". Era com esse amigo que eu transitava entre a ficção da insanidade e a estupidez cotidiana. Com ele eu matava pessoas em pensamentos, sem definir-me como um psicopata. Eu menos Outro. Sentindo-me a beira do abismo e sem esperança de melhoras, desprezando os princípios que condenam nossos instintos, quebrando o vitral de comportamento politicamente correto. Poderia ser um homem-bomba; extinguir e devorar animais por esporte; Sentir fora da pele (pois o cheiro pesteou-a com a vida que vivemos ou não) a invalidez de ser um ser social, patético. Parte de uma nação que se diz “democrática” visa visa a igualdade e liberdade de expressão: cambada de Papai Noeis enrustidos, enganando um ao outro a cada ano que passa. Corrompendo sua natureza em prol de um discurso evolutivo: "por um mundo melhor". Foda-se os ateus que dizem ser racionais também; Será mais engraçado e interessante ver a morte lenta desses; que dizem não acreditar, mas nasceram  fadados a crenças e atrofiacoes intelectuais; o mundo é, e sempre foi, uma cadeia alimentar. Ousaria com esse amigo pensar algo que nunca pensei, enquanto fosse possível se pensar. Um amigo para matar a boa conduta, o único que tive que  acobertou-me mesmo nos pensamentos sórdidos. Bastava a promessa de um café, um sofá, um DVD e os dois divagando  sobre Tudo ou basicamente  Nada. Não nasci para ser o rapaz cheio de qualidades, pagar as contas,  fazer parte de romance, deixo-o as vezes nos livros. Além disso, não nasci pra ser vilão... estupidez, sem perspectiva, instantâneo, feito Nissin Miojo, quem iria  escolher ser alguém que está predisposto a ser julgada pela maioria? Quero arrancar o nojo de quem lê, pode ser pela boca ou pelas ideias. Que me odeiem hoje e não voltem a me amar, e a quem permanecer, não serão agradecidos, pois não pedi para lerem até o final. Lembrem-se que avisei nas primeiras linhas. Caso tenha se sentido no lucro por ter ler um bom texto, parabéns, não muda nada pra mim. Achou o texto uma grande bosta que não tem nada a ver com quem escreveu-o pois sou uma pessoa boa? Número 1: dizem que pisar em merda traz sorte. Número 2: pra mim é claro que tanto faz.  Número 3: o presente site não é uma democracia. Enfim,  queria mais um café  e mais uma madrugada com meu amigo, que diversas vezes me auxiliou a enxergar com clareza aquilo que só os loucos sabem e o resto nunca viu e nem verá de vislumbre.


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